Trisha Zorn ou a nadadora paralímpica mais medalhada de sempre

Trisha Zorn
Trisha Zorn

Trisha Zorn é uma nadadora norte-americana. Mas não é uma atleta qualquer. É simplesmente a atleta paralímpica mais medalhada da História.

A paratleta da seleção dos EUA, nascida em 1964, em Orange, no estado da Califórnia, começou a nadar aos 10 anos num pequeno clube e competiu em sete edições dos Jogos Paralímpicos. Seguiu depois a natação de competição na faculdade e daí para a frente, tendo sido também a primeira atleta com deficiência visual a ganhar uma bolsa de estudos.

A sua primeira participação nos jogos foi em 1980, em Amsterdão, Holanda. Ela competiu nos Jogos Paralímpicos de 1980, 1984, 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004, quando se retirou, aos 40 anos.

Trisha Zorn foi campeã mundial em 2001 e 2003, foi paratleta ao longo de vinte e quatro anos, totalizando ao longo da carreira 55 medalhas – 41 medalhas de ouro, nove pratas e cinco bronzes – em 7 paraolimpíadas diferentes, nadando quase todos os estilos.

Uma doença rara

A atleta nasceu com uma deficiência rara na visão, denominada de Aniridia, uma doença congénita que determina a ausência das íris dos olhos, sendo, por isso, cega de nascença. Já em fase de fim de carreira, em 2003, Trisha Zorn recebeu dois implantes de íris, recuperando parcialmente a visão.

A nadadora fez o juramento dos atletas nas paraolímpiadas em 1996, em Atlanta, e em 2012 entrou para o ‘Passeio da Fama’ Paralímpico, atingindo, ainda hoje, o topo destes jogos que são, em si, o maior evento de superação desportiva do planeta.

Os Jogos Paralímpicos tiveram sua estreia na sequência dos Jogos Olímpicos de Roma, em Itália, em 1960, e contaram com a participação de 400 paratletas, de 23 países, que competiram em provas exclusivas para utilizadores de cadeiras de rodas. Foi apenas a partir de 1976 que deficientes visuais, mentais e pessoas com lesão na medula espinal puderam participar na competição.

O ensino e o prémio

Os feitos da atleta foram tão longe que a sua modalidade, nos EUA, instituiu um prémio anual chamado Prémio Trischa L. Zorn, para distinguir um nadador ou uma equipa com deficiência.

A atleta tornou-se, entretanto, professora de crianças com necessidades especiais, criando um grande movimento de apoio a esta população jovem precisamente no Nebraska, onde ela própria estudou Direito, tendo-se licenciado em 2007.

Trisha desenvolveu um modelo de ensino inclusivo, que permite que alunos com necessidades especiais se integrem com os seus colegas e tenham experiências de aprendizagem mais ricas.

Atualmente está em Indianapolis, no Indiana, onde esteve também no ensino especial, e onde se mantém ligada a estas áreas e causas. Trabalha hoje com veteranos em situação de vulnerabilidade, outra função de que se orgulha.

No seu dia a dia confessa não nadar tanto quanto gostaria, mas sente que os seus anos como nadadora a prepararam para uma carreira no serviço público. «Os valores centrais do meu trabalho alinham-se aos meus valores de integridade, compromisso, defesa, respeito e excelência», afirmou.

Convicções e legado

Trisha Zorn sempre disse que boa parte da sua motivação como nadadora era «adorar o que fazia», e ter seguido sempre as orientações da sua mãe. «Ela sempre me disse para ser eu mesma e sempre me desafiar, forçando-me a limites que não eram esperados de uma pessoa com deficiência física. No entanto, sempre me alinhei com indivíduos que tinham os mesmos objetivos e motivação e que iriam empurrar-me nos meus limites, seja na prática de natação, na escola ou no trabalho», explicou.

«Nunca me senti invencível. Chegar ao topo foi difícil, mas foi ainda mais difícil permanecer», explicou Zorn, em entrevista ao site do Comité Paralímpico Internacional.

«Tentar quebrar o estigma da sociedade e as barreiras que os outros criam para as pessoas com deficiência é um desafio ao longo da vida, e um desafio que assumo todos os dias na minha carreira profissional, bem como no treino desportivo e na manutenção da saúde», confessou Trisha.

Embora diga também que as suas medalhas não a definem, assume que pensa no que deixou como legado desportivo para os mais novos. «Quero acreditar que tive um impacto positivo no desporto e nos Jogos Paralímpicos. Às vezes gostaria que, em termos de condições, patrocínios e outras questões importantes, estivéssemos mais avançados na época em que competi, mas agora sei que o objetivo dos atletas paralímpicos daquele momento era abrir caminho para os atletas que agora têm essas oportunidades.”, disse em declarações à imprensa americana.

Zorn abriu, seguramente, o caminho, mas todos acreditam que ainda vai demorar muito tempo para alguém se igualar ao seu patamar extraordinário.

Leia mais sobre estes temas aqui: //cuidarhoje.alcura.pt/

Precisa de ajuda?

Qualquer que seja a sua condição ou necessidade, a sua saúde e a saúde dos seus está primeiro. Quer seja utente, cuidador ou familiar, em Alcura disponibilizamos, entre outros, produtos da gama de Conforto e Bem Estar, Higiene e de Mobilidade, para melhorar a qualidade de vida e apoiar pessoas em recuperação, e seus cuidadores, permitindo facilitar o quotidiano com o máximo conforto possível.

Apoiamos quem precisa, em todas as fases do processo, através de uma relação de proximidade, apresentando a possibilidade de compra, aluguer ou extensão de aluguer, dos produtos disponíveis.

Alcura, sempre perto de si, quando mais precisa de nós.

Disponível na sua Farmácia.

Categorias