
Jamie Brewer é uma atriz norte-americana, hoje com 35 anos, portadora de Síndrome de Down. Foi celebrizada pelo seu trabalho na série American Horror Story, em que interpretou, em 2011, a personagem Adelaide Langdon, uma menina que adorava entrar numa casa assombrada para brincar com seus amigos fantasmas, logo na primeira temporada da série.
Ao longo da série continuou a fazer papéis, nomeadamente na terceira temporada, em que Jamie Brewer interpreta Nan, uma jovem bruxa com poderes de clarividência e leitura de mentes e, na quarta temporada, em que interpreta Majorie, uma boneca ventríloqua. Na sétima temporada, fez uma participação como Hedda e no oitavo ano da série, voltou a dar a vida a Nan, participando em dois episódios.
Na televisão Jamie Brewer tornou-se também conhecida através da sua participação em campanhas e anúncios de sensibilização e serviço público.
Em 2011, a atriz fez sua estreia na televisão norte-americana, mas antes ela já era atriz de teatro, área que acredita ter-lhe dado toda a sua base de trabalho. Depois da estreia em TV nunca abandonou os palcos e ainda continua a sua formação artística através do The Groundlings Theatre and School, que frequentou a partir de 1999, tendo tido sempre apoio da família para seguir o seu sonho.
Ativismo e liderança
A atriz é ativa na comunidade dos portadores de Síndrome de Down no seu país, sendo a pessoa mais jovem a ser eleita presidente da Arc do condado de Fort Bend, uma organização que cria oportunidades para pessoas com deficiência intelectual e de desenvolvimento. Foi também nomeada para o conselho Arc do estado do Texas, eleita como tesoureira. A partir do seu trabalho, Brewer foi convidada a servir no Comité de Assuntos Governamentais da Arc para o Texas, persuadindo os senadores do Capitólio a aprovar a lei que abolia a palavra “retardado” do texto da legislação estadual, bem como a melhorar o reconhecimento das necessidades das pessoas com deficiência no interior daquele estado. O seu esforço foi bem-sucedido e o Texas usa agora o termo “deficiência intelectual do desenvolvimento” na sua legislação.
Jamie Brewer está envolvida com várias outras organizações sem fins lucrativos, incluindo DSALA, DSiAM, BTAP, Congresso Nacional da Síndrome de Down, Associação Americana de Pessoas com Deficiência dos Estados Unidos, e Civitan International.
Em 2015, Jamie recebeu o prêmio ‘Exceptional Advocacy Quincy Jones’ da ‘Global Down Syndrome Foundation’ O prémio reconhece aqueles que defendem pessoas com deficiências, incluindo pessoas com Síndrome de Down, em várias categorias, como trabalho humanitário, auto-defesa, etc.
“Ser uma defensora de direitos tem sido uma grande parte da minha vida. Este tipo de trabalho incentiva a consciencialização de todos e é uma coisa boa. Acredito que a defesa de direitos no planeta nos ajuda a criar um mundo melhor a que todos possamos chamar lar”, afirmou a atriz.
Em 2015, Brewer foi também a primeira modelo com Síndrome de Down a desfilar na passerelle da reputada Semana da Moda de Nova Iorque, para a estilista Carrie Hammer. Ela aceitou servir de “modelo” para as jovens que devem aceitar-se “como são”, como fez questão de sublinhar.
Brewer tem tido várias distinções na sua carreira, nomeadamente a vitória no prémio NY Drama Desk 2018, na categoria ‘Melhor Atriz em Peça’ por ‘Amy and The Orphans’.
A par do seu trabalho no cinema e na televisão, Jamie é uma força poderosa na quebra de barreiras às atitudes negativas, lutando para garantir que todos sejam tratados com igualdade e através de uma linguagem positiva.
Jamie Brewer acredita que a deficiência é um aspeto da sua identidade que deve ser celebrado, e não um motivo para se retrair ou mesmo acreditar que não consegue atingir todos os seus objetivos. E acrescenta: “a deficiência não é uma barreira. Em muitas famílias é uma bênção e, para os meus talentos, especificamente, estar nos media tem mostrado que as pessoas com deficiência podem aprender a fazer as mesmas coisas que outras pessoas na sociedade podem fazer”.
Bons exemplos de inclusão pela arte em Portugal
Em Portugal há bons exemplos artísticos ligados à inclusão de todos na comunidade e muito talento a dar frutos ao longo de décadas nas artes performativas. Lembramos projetos como o Teatro da Crinabel, com mais de 3 décadas, o Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos, ou projetos como A Terra Amarela, Dançando com a Diferença, Companhia Maior, Companhia Limitada e projeto PARTIS da fundação Gulbenkian, que apoia as práticas artísticas inclusivas e combate a exclusão social. É interessante conhecê-los, apoiá-los e frequentar os espetáculos altamente profissionais que oferecem ao público.
Não importa a idade ou limitação perene ou temporária de que sofra. Importa olhar para os bons exemplos, segui-los e defender que todos são merecedores de apoio e reconhecimento.
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