

Comunicar e lidar melhor com pessoas com necessidades especiais
Cuidar de portadores de necessidades especiais
A comunicação está na base de toda a atividade humana. A comunicação interpessoal vai permitir uma participação ativa e de partilha de informações e significados, com melhoria na resolução de todo o tipo problemas. Na área dos cuidados de saúde não é diferente: sejam eles profissionais, sejam eles exercidos por cuidadores informais a comunicação é também muito relevante.
Podemos comunicar de forma verbal e não verbal. Para que a comunicação verbal seja eficiente tem que ser clara e concisa, isto é, usar frases simples, curtas e concretas, falar lentamente e pronunciar claramente as palavras. O recetor deve perceber as ideias de quem comunica, este deve expressar apenas uma ideia e utilizar o vocabulário, o ritmo e o significado adequado a cada ao recetor.
A comunicação não verbal sendo anterior à linguagem foi a base do desenvolvimento e fator decisivo para a sobrevivência, realiza-se através de códigos representativos como gestos, movimentos, olhar e o tom de voz. É, portanto, fácil de compreender a importância desta dimensão das relações humanas.
A comunicação utilizada durante o cuidar é interpessoal, estabelece-se entre o dependente e o cuidador. Este deve ter a capacidade de prestar atenção, o que pressupõe uma atitude de compreensão e ajuda ao seu semelhante para a satisfação das suas necessidades.
As palavras que vamos utilizar têm um grande poder já que tanto podem ser benéficas como negativas, caso não seja entendido devidamente o seu significado. Devem ser adequadas ao nível cultural da pessoa cuidada e sempre que possível utilizar a linguagem verbal e não verbal para fortalecer a mensagem. Para um bom relacionamento é fundamental saber escutar e ouvir, pois é o meio mais seguro para a compreensão e ouvir significa também observar, escutar, compreender.
A complementaridade dos dois tipos de comunicação é muito importante na área dos cuidados diretos, pois aqui comunicar não se refere só aos conteúdos, mas também aos sentimentos e emoções que se podem transmitir. É um ato de partilha entre quem cuida e quem está a ser cuidado. A linguagem corporal é fundamental porque algumas limitações cognitivas e sensoriais deste tipo doentes torna-os menos recetivos mantendo-se, no entanto, sensíveis ao clima afetivo que se pode estabelecer.
As alterações de humor e estado de consciência são comuns nestas situações, podendo ser exacerbadas pela medicação. As atitudes e o comportamento não verbal de um cuidador e o seu nível de empatia são fundamentais para desenvolver uma relação de cumplicidade, apoio e confiança, que leve a que pessoa cuidada revele as suas necessidades e dúvidas. Quando esta se estabelece sentem-se as emoções dos outros e simultaneamente compreende-se a dinâmica do seu comportamento.
Escutar também é estar atento à pessoa, aceitando-a tal como é para alcançar a sua vivência. É necessário perceber o conteúdo da mensagem de um doente, mas ser sensível à forma como é transmitida.
É sabido que há doentes que desenvolvem grandes alterações de humor e um comportamento quase agressivo recusando-se a vestir-se, comer, beber, entre outras ações. Quando a situação se torna grave é imperioso falar com o médico assistente ou com um psicólogo para gerir a situação e aprender novas estratégias. Mas o cuidador deve conhecer estratégias básicas como a de não insistir demasiado numa ação, tentar mudar o foco de atenção e distrair o doente, ou até dar-lhe espaço deixando-o um pouco sozinho para que se acalme.
A comunicação terapêutica permite estabelecer ligação significativa entre o cuidador e o doente e exige aceitação, respeito caloroso e compreensão empática. Neste artigo deixamos algumas dicas para que todos os dias, com paciência renovada e sentido de missão, possa gerir melhor o quotidiano e o bem-estar das duas partes:
Como lidar com as dificuldades relativas à higiene pessoal:
- Respeite a necessidade de privacidade e a dignidade da pessoa;
- Preste suficiente assistência, sem a privar da sua independência;
- Transmita-lhe segurança (sobre a temperatura e profundidade da água, receio de escorregar, etc.);
- Não insista em mais banhos, do que aqueles a que a pessoa está habituada, e arranje um chuveiro, se o banho de imersão for demasiado difícil;
- Faça com que o banho seja um momento agradável;
- Considere a hipótese de substituir a “gilete” tradicional por uma máquina elétrica de barbear;
- Pense em maneiras de melhorar a autoestima, como por ex.: uma manicura para pintar as unhas, ou um novo penteado;
- Arranje-lhe um corte que seja fácil de pentear;
- Separe o banho da lavagem do cabelo, se for muito difícil fazer tudo ao mesmo tempo;
- Não descuide os pés e as unhas;
- Torne a casa-de-banho um local seguro.
Qualquer que seja a sua condição ou necessidade, a sua saúde e a saúde dos seus está primeiro. Quer seja utente, cuidador ou familiar, em Alcura disponibilizamos soluções de ortopedia pesada para melhorar a qualidade de vida e assegurar o bem-estar de utentes e pessoas em recuperação, permitindo facilitar o quotidiano com o máximo conforto possível.
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