

A história da surfista americana, Bethany Hamilton, natural do Hawai, é uma das mais impressionantes e inspiradoras histórias da modalidade de surf.
A jovem Bethany, com apenas 13 anos, em 2003, estava numa das praias havaianas onde surfava habitualmente, na companhia de amigos, quando foi atacada por um tubarão-tigre. Foi mordida logo abaixo do ombro, perdendo, em segundos, o braço esquerdo inteiro.
Depois do acidente
Sobreviveu e venceu o trauma, e três semanas após o acidente estava determinada a voltar a surfar. Desde então venceu campeonatos mundiais e o seu exemplo de vida deu mote a várias campanhas de solidariedade, entre elas o apoio aos sobreviventes do Tsunami de dezembro de 2004, que afetou gravemente a Índia, Sri-Lanka, Tailândia, Ilha da Samatra, Ilhas Maldivas, Malé, Bangladesh, entre outros países.
O mais admirável de toda a história, para além do facto de se ter profissionalizado e vencido, é o facto de não cedido à amargura por ter perdido um braço e ter dado luta a uma contrariedade que poucos teriam coragem de aceitar. É com naturalidade que assume que a falta do braço lhe deu até mais firmeza nas pernas para “dirigir” a prancha, fazendo-a dominar as ondas como uma verdadeira campeã.
Inicialmente, adotou uma prancha feita sob medida, mais longa e um pouco mais grossa do que o padrão habitual. Tinha também uma alça para o braço direito, para facilitar a capacidade de remar, mas o uso das pernas foi a grande compensação para a ausência do braço esquerdo. No início de 2004, Bethany voltou às competições importantes.
O processo de superação e as lições de vida
A atleta conta que quando perdeu o braço, ficou «grata por estar viva» e isso a impulsionou a ter uma mentalidade mais positiva. Bethany acredita que estar ao ar livre e em contato com a natureza ajuda a dar perspetiva de vida a alguém. «Quando eu estou na água, sinto que me ajuda a ‘limpar a cabeça’, aliviar preocupações e conectar-me com o momento presente, comigo mesma e com os meus pensamentos. O surf também é capaz de ensinar algumas lições de vida: ele pode ser um bom treino para humildade, é bastante estimulante também e certamente ajuda a moldar a persistência e resiliência», disse.
Bethany Hamilton explica que é apaixonada pelo surf, pela fé que tem, pela família que construiu e por ajudar outros a superarem os desafios da vida. «A minha fé é provavelmente a minha maior habilidade. Compreender a graça e o amor de Deus por mim, deu-me humildade, mas também a confiança interior e compaixão para ser um bom modelo a ser seguido», confessou.
A atleta reforça sempre que o acidente não a define. E que muitas pessoas olham para ela e não conseguem deixar de pensar no ‘drama’. «Mas para mim é como se minha vida fosse muito mais, especialmente depois de ser mãe, focando-me sobretudo na beleza da minha família, na fé e no surf. Há tanta coisa na vida para nos focarmos, que não nos devemos prender a um momento», defende.
O projeto solidário
Para além de ter lançado vários livros sobre superação – como Be Unstoppable – The Art Of Never Giving Up, Devotions for the Soul Surfer e Unstoppable Me – a atleta lançou um documentário, Soul Surfer, em 2011, que a tornou ainda mais conhecida do grande público. Atualmente Bethany Hamilton conduz também um projeto solidário como palestrante e coach motivacional para ajudar outras pessoas. No seu site oficial preconiza um método de superação de desafios e de apoio para que qualquer um possa ‘viver uma vida imparável’.
Bethany conta que manter-se criativa e pensar ‘fora da caixa’ foi a chave para si e para os seus treinadores, e foi a forma de conseguir regressar à modalidade num nível competitivo. «Ter uma mente ‘adaptável’ também tem sido um elemento-chave na minha jornada. É essa mentalidade, na verdade, que uso nas minhas palestras e cursos», diz.
O futuro nas ondas
Já passou quase uma década, desde a última vez que Bethany esteve na competição oficial. “Dediquei muito tempo ao surf competitivo quando era mais nova “, disse a recordar os velhos tempos. Agora, aos 31 anos, Bethany sente que está preparada para voltar à competição: “Sinto que estou a surfar melhor do que nunca e acho que poderia sair-me bem na competição mundial”, afirmou a atleta, em 2020, quando foi anunciado o seu regresso à competição e à qualificação para a Women’s World Tour, já em 2021. O anúncio foi feito pela World Surf League, que explicou que a surfista estava a competir em tempo integral nas Qualifying Series, mas com o objetivo de chegar à liga mundial. Entretanto, no final de 2020, Bethany Hamilton engravidou do seu terceiro filho. Mas não será surpresa, para quem conhece a sua determinação, que depois da recuperação do parto tenha vontade de regressar ao embalo das ondas.
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