

Esta é mais uma das histórias fabulosas de superação, no seio atletas paralímpicos. É a história de Antonios Tsapatakis, que nasceu e foi criado em Chaina, na ilha de Creta, há 31 anos. Começou a nadar muito jovem e sempre foi fascinado pela água.
Aos cinco anos, começou a nadar na piscina pública da sua terra natal. Aos 12 anos tornou-se atleta de polo do clube de natação local, ganhando prémios tanto na natação quanto no polo aquático. Em 2005, alistou-se na academia da Polícia Helénica .
Em 2006, aos 16 anos, Antonios ficou paraplégico devido a uma lesão na medula espinal na sequência de um acidente de mota. No entanto, a sua paixão e determinação fizeram com que regressasse à água e fosse competir apenas 9 meses depois do acidente. Em 2009 ele começou a nadar numa equipa oficial, uma forma de responder à sua grande necessidade de independência e de se tornar ativo novamente.
Desde então, Antonios nunca mais parou, participando em diversos campeonatos europeus e mundiais, nomeadamente nos Jogos Paralímpicos desde 2012. Atingiu vários recordes na sua modalidade, inclusive Europeus, e ganhou diversas medalhas de bronze e prata. Continua a treinar 6 dias por semana, sem parar, em busca da medalha de ouro que um dia quer trazer para casa.
A luta pela profissão e o caminho como orador e educador
A forte vontade de Tsapatakis para vencer dentro de água foi acompanhada pelo caminho que tem feito pelo combate à discriminação contra pessoas com deficiência.
Fê-lo primeiro com a sua própria situação, uma vez que à época do acidente, era aluno da Academia de Polícia, mas foi forçado a sair. O atleta, que se tornou muito popular nas redes sociais, com mais de 100.000 seguidores, fez uma campanha que durou mais de uma década para mudar a lei no seu país e permitir que pessoas com deficiência trabalhem na polícia. Não teve muito apoio político imediato, mas acabou por conseguir chamar à atenção através das suas vitórias desportivas e conseguir mudar a lei, em 2016.
“Isso significava que finalmente poderíamos voltar a trabalhar e ganhar um salário. Também permitiu que outras pessoas com deficiência sonhassem em ter um emprego na polícia”, explicou em declarações à imprensa.
Antonios passou a trabalhar na divisão de trânsito, onde educa crianças e adultos sobre segurança no trânsito. “Faço um trabalho muito importante. Se eu tivesse tido este tipo de educação quando estava na escola, talvez não tivesse tido o meu acidente”, disse.
Juntamente com a competição e a polícia, Tsapatakis está a construir uma carreira como influenciador e palestrante motivacional sobre deficiência, igualdade e desporto.
“Como atleta paralímpico, posso educar as pessoas. Quando vou às escolas para fazer discursos, as crianças perguntam-me: ‘Como sabe nadar?’ Explico-lhes que nado com as mãos e mostro os vídeos das minhas corridas”, diz.
Em 2016 lançou-se na escrita como coautor de um livro infantil, com Elena Thoidou, a mulher do seu treinador. O livro conta a história de uma menino deficiente chamado Toni, sendo em parte autobiográfico e em parte ficção, e pretende passar às crianças, e aos seus pais, a mensagem de que todas as pessoas são iguais.
A história já tem prometida uma sequela, já com o seu herói a viver a adolescência. «Assusta os teus medos com os teus sonhos» é um dos lemas que Antonios leva sempre na bagagem para passar aos mais novos e à sociedade em geral.
As fotos debaixo de água que se tornaram virais
Na sua atividade e enquanto persegue os seus vários objetivos, dentro e fora de competição, o atleta grego pede sempre às pessoas que não deixem que os seus limites e o seu sistema de crenças limitantes as impeçam de lutar pelos seus sonhos: “se tens um objetivo, vai em frente, nada nem ninguém te pode impedir. Isso é liberdade e querê-lo é o que te torna livre.”
Para ilustrar toda a sua história e luta, em 2017 o atleta posou para imagens subaquáticas captadas pelo fotógrafo grego Nicholas Samaras. As fotografias, que se tornaram virais na internet, mostram-no debaixo de água, mas de pé à frente da sua cadeira de rodas. A ideia foi a de refletir a liberdade que ele sente na água e a forma como é vencedor na piscina e na vida.
“A piscina fez-me um homem e ajudou-me a lidar com o que é perder e ganhar. A rua tirou-me a capacidade de andar, mas continuei a treinar dentro da piscina. Isso deu-me a capacidade de me reerguer e inspirar os outros, o que se tornou mais importante para mim do que ficar em pé e andar na prática”, afirmou.
Antonios continua diariamente a fazer campanha pelos seus ideais e, precisamente por ser jovem e passar a sua mensagem nas redes sociais, insiste em chamar a atenção para a maior ênfase que deve ser dada aos valores desportivos na comunidade, e para o facto de que os padrões de sucesso não serem hoje construídos através conquistas, mas através do mediatismo, do número de gostos ou seguidores. Uma reflexão para podermos, todos em conjunto, ajudar a mudar aquilo que não é benéfico e atinge todas as dimensões da sociedade.
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