

Nascido em Bolonha, em 1966, Alessandro Zanardi começou a carreira como piloto de karts e competiu na Fórmula 1 entre 1991 e 1994 e em 1999, integrando equipas como a Jordan, Lotus, Minardi e Williams. Sofreu a amputação das duas pernas em consequência de um grave acidente sofrido em 2001 no circuito alemão de Lausitzring, numa prova do campeonato norte-americano de Fórmula Indy.
Depois desse acidente, ‘Alex’, como é conhecido em Itália, não abandonou o desporto e iniciou uma carreira fulgurante como paraciclista, que o levou a conquistar quatro medalhas de ouro paralímpicas e 12 títulos mundiais.
Além disso, conseguiu também retornar ao automobilismo, usando carros adaptados à sua condição. O antigo piloto de Fórmula 1 e quatro vezes medalha de ouro em Jogos Paralímpicos, voltou a sofrer outro grave acidente em junho de 2020, durante um evento de paraciclismo na província de Siena, sendo a sua situação muito delicada, e o seu nível de recuperação ainda impossível de prever. No dia do acidente, a BMW havia anunciado que o italiano iria competir com um M6 GT3 na etapa final do campeonato italiano de GT, algo que agora está fora de questão.
A história de Alessandro Zanardi
Nascido a 23 de outubro de 1966 em Bolonha, Itália, Alessandro Zanardi desde cedo teve uma vida marcada pela tragédia mas também pela superação. Aos 13 anos, ainda uma criança, viu partir a sua irmã, uma promissora nadadora que perdeu a vida num trágico acidente de automóvel. Naturalmente, os pais sempre tentaram mantê-lo ocupado e graças a um amigo que na altura estava a construir um kart, Alex descobriu nos automóveis uma paixão que nunca mais largou.
Motivado por essa paixão, em 1979 construiu o seu próprio kart, usando um caixote do lixo e peças do trabalho do seu pai, que era canalizador. A paixão pelos automóveis foi crescendo e no ano seguinte começou a competir em corridas locais. Em 1982 estreia-se no Campeonato Italiano de Kart de 100 cm3, ficando em 3º lugar. Estava lançada uma carreira promissora.
O acidente e a força de acreditar
Durante uma muito disputada corrida no circuito EuroSpeedway Lausitz, em Klettwitz, na Alemanha, Alessandro Zanardi, que tinha começado a corrida do final da grelha de partida, conseguiu chegar à liderança desta: quando faltavam poucas voltas para o final, acabou por perder o controlo do carro, ficando atravessado na pista. Embora o piloto Patrick Carpentier tenha conseguido evitar o choque, o piloto que vinha atrás, o canadiano Alex Tagliani, não se conseguiu desviar acabando por embater em cheio na lateral do carro de Zanardi, por trás da roda dianteira.
A frente do carro desapareceu. O italiano viu as suas pernas serem-lhe amputadas e esteve mesmo muito perto da morte, tendo perdido 3/4 de sangue no acidente. Graças ao rápido atendimento da equipa médica conseguiu sobreviver.
O processo de reabilitação foi duro, mas a sua incrível força de vontade fê-lo ultrapassar todos os obstáculos, começando desde logo pelas suas pernas artificiais. Insatisfeito com as limitações das próteses disponíveis na altura, Zanardi decidiu desenhar e construir as suas próprias próteses. Ele queria voltar a pilotar e não ia desistir facilmente.
O regresso anunciado
Em 2002, foi convidado para agitar a bandeira axadrezada numa corrida em Toronto e no ano seguinte, 2003, para admiração do mundo do automobilismo, voltou ao volante de um carro da CART, adaptado para a ocasião, no mesmo local do trágico acidente, para completar as 13 voltas que faltavam para o final da prova.
Zanardi conseguiu tempos tão bons que caso estivesse qualificado para a corrida nesse fim-de-semana teria sido quinto classificado, algo impressionante. Estava assim ultrapassada a fase mais difícil.
Em 2004, Alessandro Zanardi voltou a pilotar a tempo inteiro no campeonato de turismo ETCC, que mais tarde se tornaria no WTCC. A BMW, equipa que o acolheu, adaptou um carro para as suas necessidades e o italiano conseguiu um excelente desempenho, o que levou a que fosse premiado com o “Laureus World Sports Award For Comeback of the Year”, no ano seguinte.
Zanardi regressou à Fórmula 1 em novembro de 2006 para uma corrida de testes, mas mesmo sabendo que dificilmente conseguiria um contrato com uma equipa, para ele o mais importante era voltar a ter a oportunidade de pilotar novamente.
Campeão olímpico
No final de 2009 o italiano retirou-se do automobilismo em definitivo e passou a dedicar-se integralmente ao Ciclismo para-olímpico, modalidade que tinha iniciado em 2007. No seu ano de estreia, e apenas com quatro semanas de treino, conseguiu alcançar a quarta posição na maratona de Nova Iorque. De imediato, o objetivo traçado foi a integração na equipa italiana dos Jogos Para-olímpicos de 2012.
Zanardi não só conseguiu qualificar-se para as Olimpíadas como conquistou a medalha de ouro na categoria H4. Em 2014 participou também no Ironman World Championship, tendo-se classificado num honroso 272º lugar. Zanardi continuou a participar em várias provas internacionais até 2020.
O piloto confessou numa entrevista que preferia «morrer a ficar sem pernas», mas admitiu que só após o grande acidente é que se apercebeu que estava errado. Tornou-se um exemplo de superação e força de vontade, com vitórias no automobilismo, no ciclismo e na vida. Embora a sua situação seja muito séria, todos os seus seguidores esperam que consiga recuperar parte da sua saúde, mesmo depois do acidente de junho passado, numa esperança iluminada pela capacidade e resistência que todos lhe conhecem.
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