
terapia ocupacional

Na Terapia Ocupacional, o terapeuta ocupacional habilita os indivíduos para a ocupação de forma a promover a saúde e o bem-estar. Com este objetivo atua, em parceria com pessoas e organizações, para otimizar a atividade e participação, tal como foi definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Este tipo de terapia promove a capacidade de indivíduos, grupos, organizações e da própria comunidade, de escolher, organizar e desempenhar, de forma satisfatória, ocupações que estes considerem significativas.
Os terapeutas ocupacionais são profissionais de saúde que exercem as suas funções com pessoas de diferentes faixas etárias – bebés, crianças, jovens, adultos e pessoas idosas – desenvolvendo a sua atividade em diversos contextos.
A Terapia Ocupacional é, portanto, uma área da saúde que atua na prevenção, avaliação e tratamento de condições de saúde (motora, cognitiva, emocional ou social), em qualquer fase da vida, que comprometam ou coloquem em risco um desempenho ocupacional satisfatório e consequentemente, restrinjam a sua atividade e participação nas suas atividades do dia-a-dia (Dec- Lei n.º 261/93 de 24 de julho).
O contexto histórico
Desde a Antiguidade Clássica, e mesmo antes da era cristã, há referências sobre a importância da ocupação como processo terapêutico, sendo que, na China, 2600 anos a.C. já se considerava que a doença resultava da inatividade física, sendo o treino físico usado como terapia.
A Terapia Ocupacional como ciência interdisciplinar e método de tratamento sistematizado terá nascido na 2ª metade do século XVIII. Philippe Pinel (1745-1826), médico psiquiatra francês, teve conhecimento das experiências em asilos, em Espanha, levadas a efeito pelas ordens religiosas e ficou impressionado com os resultados obtidos com os doentes que sofriam de patologia mental. Dedicou-se ao estudo destas doenças e pacientes e à formulação de uma teoria e método de tratamento que são o fundamento da atual Terapia Ocupacional. No contexto da revolução francesa, o médico dirigiu uma instituição psiquiátrica onde libertou os doentes e ocupou-os com várias tarefas dentro do Hospital, nomeadamente com trabalhos de jardinagem, de cozinha e na recuperação dos espaços.
Houve vários outros contributos posteriores, mas a terapia ocupacional começou a estruturar-se como profissão em 1906, em Chicago, nos EUA, com a criação dos primeiros cursos em que se ensinava pessoas para trabalharem em hospitais, com uma função específica: usar a ocupação para ajudar os doentes. Nessa altura, o foco eram trabalhos artesanais e alguns exercícios físicos. Fundamentava-se a intervenção da Terapia Ocupacional na convicção de que a ocupação contribui para devolver a saúde e o bem-estar dos doentes. Em 1910, seria definida como a “ciência da cura pela ocupação”.
Instituições sociais e de apoio familiar: a realidade da terapia ocupacional
Quando se celebra o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional, a 27 de outubro, é importante refletir na realidade que Portugal enfrenta nesta matéria e na importância destes terapeutas na saúde e qualidade de vida da nossa população.
Embora tenhamos legislação dedicada e licenciaturas na área, há um longo caminho a percorrer na realidade de instituições públicas e privadas que privilegiem o trabalho deste tipo de profissionais. Da mesma forma, a comunidade terá de exigir políticas públicas, investimento e a reforçada importância deste tipo de função.
Aquilo a que assistimos, com mais frequência do que o desejável, é que as pessoas institucionalizadas começam, aos poucos, a «perder identidade» e interesses. A experiência da falta de atividades prazerosas e oportunidades para participar na sua própria rotina parecem ter o maior efeito negativo na sua qualidade de vida e aumentam o isolamento social. Se a pessoa passa o dia inteiro sentada num sofá, sem qualquer tipo de atividade, estímulo ou interação, quem é afinal aquela pessoa? Será que a sua identidade está intacta? Estas são perguntas feitas pelas pessoas que estão no terreno, ou por quem já passou a experiência de ter um familiar, ou alguém próximo, que tenha sofrido com a ausência de ocupação e estímulo, independentemente da idade ou condição de saúde.
O papel do terapeuta
O papel do terapeuta ocupacional na instituição é compreender a dinâmica da mesma e avaliar de forma exaustiva a história ocupacional de cada utente, os seus interesses, valores, rotinas e papéis, necessidades e problemas no desempenho ocupacional.
A partir daí, dependerá do seu conhecimento sobre o utente – fase da vida, rede de suporte, papéis ocupacionais, ocupações significativas – para perceber o que é realmente importante para a sua qualidade de vida e de que forma a instituição se pode adaptar a ele, e não o contrário.
Existem atividades que exigem material específico, um espaço físico diferente, o acompanhamento de mais pessoas, ou o acompanhamento a longo termo do utente. Mas isso deve ser proporcionado pela instituição através de uma abertura de mentalidade, bem como da análise sobre as reais necessidades do utente e do esforço feito pela dignificação da sua vida.
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