

O setor do turismo é a maior atividade económica exportadora do país, sendo responsável, em 2019, por 52,3% das exportações de serviços e por 19,7% das exportações totais, tendo as receitas turísticas registado um contributo de 8,7% no PIB português.
Em Junho de 2020 o “desconfinamento” já chegou à sua última fase e neste o momento Portugal prepara-se para um ano turístico sobretudo voltado para o mercado interno. No caso do turismo sénior e do turismo acessível a realidade é semelhante, estando a oferta a adaptar-se às circunstâncias da presente pandemia.
O selo “Clean & Safe”: uma salvaguarda para quem quer viajar
O Turismo de Portugal disponibiliza o selo “Clean & Safe” para distinguir as empresas do setor do Turismo que cumpram as recomendações da Direção-Geral da Saúde para evitar a contaminação dos espaços com o novo coronavírus.
Este reconhecimento é válido até 30 de abril de 2021, é gratuito e opcional, e exige a implementação nas empresas de um protocolo interno que, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, assegura a higienização necessária para evitar riscos de contágio e garante os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas.
Adicionalmente, o Turismo de Portugal lança também a plataforma digital “Clean & Safe”, onde está reunida toda a informação relativa aos estabelecimentos aderentes, onde se localizam e que requisitos devem cumprir.
Além de identificar e georreferenciar as empresas “Clean & Safe”, a plataforma monitoriza o índice de confiança gerado nos turistas, possibilitando a avaliação direta da experiência em função das medidas implementadas e comunicando-a diretamente ao Turismo de Portugal, num apelo à responsabilidade de todos para um turismo mais seguro.
Termalismo: reabertura e novas regras
Uma parte significativa do turismo acessível e sénior é cliente fiel do termalismo, muitas vezes até por indicação médica. Só a junho de 2020 último foi dada a autorização oficial para a reabertura de termas. Depois de 3 meses de encerramento, a Direção Geral de Saúde (DGS) autorizou a reabertura desde que sejam cumpridas orientações como triagens prévias não presenciais para sintomas da Covid-19 ou garantir a ventilação dos espaços.
No dia da reabertura reabriram apenas as termas de Chaves e de S. Pedro do Sul, as maiores do país e as únicas que reuniam à data todas as condições para recomeçar. As restantes termas estão a fazer o seu plano de análise bacteriológico, uma vez que a DGS impõe um plano muito apertado de controlo das águas minerais naturais. Têm de ser feitas três semanas de análises para poder reabrir e as restantes unidades termais estão a fazer esses planos para que possam também reabrir portas.
As termas portuguesas «já têm protocolos de higiene, de limpeza e de controlo bacteriológico muito apertadas e, portanto, o que fizemos foi adaptar os protocolos que já temos a esta nova realidade do Covid-19. Adotamos medidas como higienização das mãos, medição temperatura a utentes e a funcionários, tapetes desinfetantes ou menor carga nos edifícios para ter maior espaçamento», explicou Vítor Leal, presidente da Associação das Temas de Portugal.
Associações, agências especializadas e outros parceiros
A promoção do Turismo Acessível é importante e urgente. A adaptação dos edifícios e serviços é necessária, mas não suficiente. É indispensável disponibilizar informação fiável, actualizada e relevante sobre as reais condições de acessibilidade, porque estes consumidores (e os operadores a que recorrem) planeiam com especial cuidado as deslocações.
Todo o setor está a tentar readaptar-se, para proporcionar aos seus potenciais clientes os serviços adequados, embora em segurança. Há associações várias que ainda não têm notícias concretas nos seus sites ou redes sociais, mas que vale a pena acompanhar porque brevemente devem anunciar que atividades se propõem realizar até ao fim de 2020. Sites como o Tourism for All, sites ligados a determinadas condições de saúde, como o da Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) e mesmo agências de viagens dedicadas ao turismo sénior ou adaptado podem ser boas fontes de informação. Este ano o “vá para fora cá dentro” assume maior relevância, na valorização do que é nacional, do que é nosso.
“Chegou o tempo” é uma campanha do Turismo Centro de Portugal de promoção da Região. E chegou o tempo. Chegou o tempo de voltarmos a viver e de redescobrirmos Portugal, como se fosse a primeira vez.