Mafalda Ribeiro: a esperança deve ser a primeira a nascer

Mafalda Ribeiro, hoje com 37 anos, nasceu com osteogénese imperfeita, a chamada doença dos ossos frágeis. Até aos 14 anos fez mais de 90 fraturas. À nascença, a medicina dizia que duraria no máximo algumas horas, diagnóstico que os seus pais recusaram, levando-a para casa e fazendo tudo o que podiam para a tratar.

Enfrentou uma vida em hospitais, com fraturas e dores, nomeadamente na infância e adolescência. Mais tarde, estudou Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, foi técnica de Comunicação, trabalhou anos numa grande empresa, é autora e tornou-se comunicadora profissional, que o público reconhece a partir dos media, sobretudo. Publicou em 2008 o seu primeiro livro, “Mafaldisses – Crónicas sobre rodas”, e é também cronista e interventiva na área da exclusão social, sendo também certificada em storytelling e coaching.

Criou uma marca pessoal chamada “Sorrir sobre Rodas” e trabalha hoje com escolas, empresas e organizações, como oradora e palestrante, tentando levar sempre motivação e esperança a quem a escuta.

Uma doença rara

A doença hereditária de que sofre significa ossos partidos, dores permanentes e a necessidade de se deslocar numa cadeira de rodas para a vida. A partir daí Mafalda decidiu, depois de estudar comunicação, assumir uma profissão com uma missão específica: transmitir mensagens de esperança, mostrando, através das histórias reais que conta, e dos exemplos que dá, que “o impossível é mesmo só um exagero para difícil”.

O apoio familiar

A minha mãe fez tudo para me proteger da palavra “deficiente”, explica Mafalda nas entrevistas que dá, afirmando que a mãe lhe deu as ferramentas necessárias para que pudesse defender-se de qualquer tentativa de discriminação. Conta que, hoje, na sua qualidade de oradora é convidada para contar como é que “dá a volta” à questão  da deficiência. “Mas isto da deficiência em mim nunca teve nada para se dar a volta. A única coisa que eu tenho de mandar ir dar uma volta continuamente é o preconceito”, afirma convictamente.

Uma oradora motivacional

Apesar de não adorar a expressão ‘oradora motivacional’, Mafalda conta que o que lhe dá alguma tranquilidade é saber que tem uma história real e que a quer partilhar. Assume que existem conceitos e teorias que aplica a estas palestras, mas que, através da sua experiência, fala de liderança, de motivação, de superação e de trabalho de equipa.

Fazer a diferença

A comunicadora mantém a ideia de que não precisa de que os outros a aceitem. «Erradamente, pode achar-se que as pessoas com deficiência vivem para ser aceites. As pessoas precisam de ser aceites, precisam de se encaixar, precisam de pertencer, sim. Mas nós não fomos feitos apenas para encaixar no puzzle. A ideia é bonita, mas não posso achar que vim ao mundo só para fazer número ou para ser apenas uma peça para encaixar. Eu quero que aquilo que faço e que digo faça diferença na vida das pessoas. Acho que somos todos diferentes para fazer a diferença», diz.

Do seu percurso de vida, como pessoa de fé assumida, diz ainda que acredita que a sua missão, é para falar às pessoas todas, não é só aos deficientes. “Se calhar há pessoas que não têm nenhuma deficiência diagnosticada e têm dores muito mais profundas do que uma pessoa que anda numa cadeira de rodas ou que é surda ou cega”.

A esperança e a inclusão

Mafalda Ribeiro acredita que no seu propósito de levar esperança às pessoas, não está incluída aquela esperança ‘barata e moralista’ de dizer algo como: ‘se eu ando numa cadeira de rodas e consigo, então vocês também conseguem’. Diz que que a esperança tem de ser a primeira a nascer, e parte sempre do humor, para si, a maior arma contra o preconceito.

A comunicadora acredita que a sociedade está a  dar passos no campo da cidadania e que “não podemos pedir às pessoas que sejam inclusivas se não forem boas cidadãs. Falta trabalhar, na escola, e até nas empresas, questões como a empatia, o saber colocar-se no lugar do outro”.

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