

Cândida Proença nasceu em 1972, em Paris. Vive em Coimbra, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Modernas. Aos vinte anos foi-lhe diagnosticada Esclerose Múltipla – doença neurológica e crónica grave, que se pode tornar incapacitante. A partir de determinada altura, há menos de uma década, Cândida viu-se forçada a andar de cadeira de rodas.
A notícia e a decisão
Cândida, que é também professora de francês e mãe, viveu a maior parte da sua vida na plena posse das suas capacidades. Nas várias sessões e declarações públicas que fez, contou como reagiu à notícia de que iria ficar dependente da cadeira de rodas para se deslocar: «tinha duas opções: resignava-me e ficava em casa em autocomiseração… ou continuava a viajar como sempre fiz».
Foi com a ajuda e companhia do pai – que decidiu acompanhá-la em tudo – que Cândida se tornou uma viajante regular e começoua fazer um trabalho pela comunidade com mobilidade reduzida: ela testa as acessibilidades turísticas do nosso país e elabora roteiros turísticos para pessoas com mobilidade reduzida, habitualmente publicados na revista da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e na sua página de Facebook.
Professora, escritora e lutadora
Esta docente por vocação, afirma que nasceu com duas missões: ser mãe e professora. É também membro de uma associação ligada à divulgação de conhecimento e à filosofia e, durante a pandemia, fez questão de continuar ativa e ao serviço da comunidade. Escreveu o livro de crónicas “Cicatrizes no corpo e na alma”, publicado na Chiado Editora, no qual faz reflexões sobre temas atuais e filosóficos e relata episódios da sua vida.
Tornar o turismo mais acessível
“Fazer turismo com mobilidade reduzida é sempre uma aventura porque saio da minha margem de conforto e vou rumo ao desconhecido”, explicou Cândida sobre o seu trabalho. Recentemente e, a propósito de um dos roteiros que fez, na cidade de Guimarães, o facto de ter passado a usar uma scooter, que substituiu a cadeira de rodas manual, acabou por mudar bastante a experiência e o esforço para ultrapassar alguns troços.
Cândida aceitou o desafio e não se deixou vencer pelo receio de arriscar. Foi sozinha participar num intercâmbio internacional, que ocorreu em Guimarães, e acabou por contar com o apoio dos restantes participantes no curso de formação promovido pelo Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media. Todos ajudaram a ultrapassar os obstáculos existentes, os mais comuns relacionados com a acessibilidade física: falta de passeios rebaixados, pavimento irregular, inexistência de rampas em alternativa a escadas e, por várias vezes, carros a ocupar os passeios.
“Em Guimarães, aponto o Paço dos Duques como boa prática de turismo com acessibilidades. O castelo é inacessível, bem como a maior parte das igrejas. O Santuário da Penha tem vistas deslumbrantes, mas as acessibilidades são quase nulas”, descreveu em jeito de resumo.
Cândida concluiu que uma pessoa com mobilidade reduzida, e que utilize uma cadeira de rodas, não consegue circular de forma autónoma em Guimarães, como em boa parte das cidades e localidades do país, uma realidade que tenta combater e ajudar a mudar em Portugal.
A professora que não baixa os braços nem perde a esperança, mesmo enfrentando um cancro da mama, desde 2018, escreveu recentemente na sua página de Facebook, a propósito do dia 16 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: «ter deficiência, seja ela de que ordem for, não é ser inferior. Deficiências motoras, visuais, auditivas ou cognitivas não nos definem. É a grandeza da alma que nos pode caracterizar».
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