

A Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, trouxe a democracia para Portugal e abriu caminho para a conquista de direitos fundamentais. Entre os grupos historicamente marginalizados estavam as pessoas com deficiência, que enfrentavam barreiras físicas e sociais profundas. Mas o que realmente mudou nos últimos 50 anos?
A realidade antes do 25 de abril
Antes da revolução, a deficiência era frequentemente associada à caridade e não ao reconhecimento de direitos. As pessoas com deficiência tinham pouco acesso à educação, ao emprego e à mobilidade, sendo muitas vezes relegadas ao isolamento. As infraestruturas públicas não estavam adaptadas e o apoio do Estado era mínimo.
Mudanças e avanços com a Revolução
Com a aprovação da Constituição de 1976, o princípio da igualdade tornou-se um direito fundamental. Nos anos seguintes, foram implementadas medidas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, incluindo:
- Legislação sobre acessibilidade, garantindo rampas, elevadores e transportes adaptados.
- Apoios sociais, como subsídios para cuidadores e benefícios fiscais.
- Inclusão no mercado de trabalho, com incentivos para a contratação de pessoas com deficiência.
- Educação especial e ensino inclusivo, permitindo que mais alunos com necessidades especiais frequentem escolas regulares.
O que ainda falta conquistar?
Apesar dos avanços, ainda há desafios. Muitos edifícios continuam sem acessibilidade adequada e a inclusão no mercado de trabalho ainda é limitada. Além disso, os apoios para cuidadores e famílias nem sempre são suficientes.
O espírito do 25 de abril trouxe liberdade e direitos, mas a luta pela inclusão continua. Enquanto sociedade, devemos garantir que ninguém fique para trás.